Entidades representativas do setor produtivo de Santa Maria emitiram, na manhã de segunda-feira, uma carta aberta ao governo do Estado para solicitar esclarecimentos sobre os gastos com a Covid-19. O texto do documento, que manifesta preocupação com a Lei de Acesso à Informação (lei 12.527/2011), inicia com um pedido de esclarecimento sobre "quais foram as melhorias quantitativas e qualitativas no sistema público de saúde tais como, leitos hospitalares, equipamentos, respiradores, testes e EPIs. Direcionados a Região R1 e R2".
Outro pedido é sobre os recursos enviados pelo governo federal ao do Rio Grande do Sul, com detalhes quantitativos do que foi utilizado em saúde publica, especificamente, no município de Santa Maria.
- Já que somos tão cobrados, queremos mais transparência - cobra Luiz Fernando Pacheco, presidente da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Santa Maria (Cacism), que é uma das entidades que assina a carta.
O terceiro item do documento pontua o setor da educação e pede pelo retorno das atividades presenciais.
- A suspensão de aulas presenciais por tanto tempo é uma questão grave. Vai afetar o psicológico dos estudantes e, também, o aprendizado deles. Acho que está na hora de valorizarmos as medidas que as escolas estão tomando e dar liberdade aos pais para decidirem se os filhos voltam para as salas de aula ou se ficam em ensino remoto - acrescenta Pacheco.
Além disso, o documento solicita a flexibilização das restrições de funcionamento do setor produtivo e ampliação no horário de atendimento, com o argumento de evitar aglomerações:
- Coerência é a palavra. Agora não pode flexibilizar, mas por que, nas eleições, os horários foram flexibilizados para evitar aglomerações? É preciso confiar no bom senso individual. Estamos fazendo trabalho bem forte com as Associações Comerciais e Industriais (ACIs) do Estado para ganhar mais representatividade.
Por fim, a carta lembra sobre a suspensão do beneficio emergencial por parte do governo federal e afirma que, sem o recurso, "se torna inviável a manutenção dos negócios e, consequentemente, dos empregos".
Leia abaixo a carta, na íntegra:
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